Conceito utilizado por Bourdieu com o objetivo de permitir
compreender alguns fenômenos que de outra maneira permaneceriam inexplicáveis. Numa
primeira síntese, o sociólogo afirma que os sistemas simbólicos, como
instrumentos de conhecimento e de comunicação, constituem um poder estruturante
porque são estruturados. Os símbolos, encadeados pelos sistemas simbólicos, têm
como função mais importante a integração social. Para concluir sua
teoria, Bourdieu baseou-se em vários conceitos, como capital social, capital
econômico e cultural. O
capital social, por exemplo, corresponde à rede de relações interpessoais que
cada um constrói, ou seja, os contatos com outras pessoas. Já o capital
cultural se acumula na forma de conhecimentos apreendidos, livros, diplomas etc.
Outro conceito que surge da união de ambos é o capital simbólico,
é utilizado com o objetivo de
permitir compreender alguns fenômenos que de outra maneira permaneceriam
insondáveis. Opondo-se das outras modalidades de capital, não tem sua
perceptividade imediata, assim como seus efeitos de sua duração, que também
obedecem a lógica de diferentes espécies de poder ligados à propriedade de
“fazer ver” e “fazer crer”, o capital simbólico é, de um modo geral, uma medida
do prestígio ou de carisma que um indivíduo ou instituição possui em
determinado campo. Sendo assim, a partir desta marca quase imperceptível de
distinção, o capital simbólico permite que um indivíduo desfrute de uma posição
de destaque frente a um campo, e tal proeminência é reforçada pelos distintivos
que reafirmam a posse deste capital. Por ser um tipo de capital cuja posse
permite um reconhecimento imediato da dominação do elemento que o possui sobre
os demais elementos do campo, o capital simbólico é assim o instrumento
principal da violência simbólica, ao impor seu peso sobre os que não o possuem
ou possuem, em quantidades inferiores em um dado campo.
Conclui-se assim que é possível afirmar que o capital simbólico, enquanto elemento de prestígio pode ser convertido em dado momento em capital cultural ou econômico, na medida em que os acessos a estas outras modalidades de capital são facultadas pelo efeito de valorização exercido pelo indivíduo detentor deste capital.
Jade Andrade - Jornalismo 2013.1
Conclui-se assim que é possível afirmar que o capital simbólico, enquanto elemento de prestígio pode ser convertido em dado momento em capital cultural ou econômico, na medida em que os acessos a estas outras modalidades de capital são facultadas pelo efeito de valorização exercido pelo indivíduo detentor deste capital.
Jade Andrade - Jornalismo 2013.1