quinta-feira, 13 de junho de 2013

Capital Simbólico - Teoria de Bourdieu

Conceito utilizado por Bourdieu com o objetivo de permitir compreender alguns fenômenos que de outra maneira permaneceriam inexplicáveis. Numa primeira síntese, o sociólogo afirma que os sistemas simbólicos, como instrumentos de conhecimento e de comunicação, constituem um poder estruturante porque são estruturados. Os símbolos, encadeados pelos sistemas simbólicos, têm como função mais importante a integração social. Para concluir sua teoria, Bourdieu baseou-se em vários conceitos, como capital social, capital econômico e cultural. O capital social, por exemplo, corresponde à rede de relações interpessoais que cada um constrói, ou seja, os contatos com outras pessoas. Já o capital cultural se acumula na forma de conhecimentos apreendidos, livros, diplomas etc. Outro conceito que surge da união de ambos é o capital simbólico, é utilizado com o objetivo de permitir compreender alguns fenômenos que de outra maneira permaneceriam insondáveis. Opondo-se das outras modalidades de capital, não tem sua perceptividade imediata, assim como seus efeitos de sua duração, que também obedecem a lógica de diferentes espécies de poder ligados à propriedade de “fazer ver” e “fazer crer”, o capital simbólico é, de um modo geral, uma medida do prestígio ou de carisma que um indivíduo ou instituição possui em determinado campo. Sendo assim, a partir desta marca quase imperceptível de distinção, o capital simbólico permite que um indivíduo desfrute de uma posição de destaque frente a um campo, e tal proeminência é reforçada pelos distintivos que reafirmam a posse deste capital. Por ser um tipo de capital cuja posse permite um reconhecimento imediato da dominação do elemento que o possui sobre os demais elementos do campo, o capital simbólico é assim o instrumento principal da violência simbólica, ao impor seu peso sobre os que não o possuem ou  possuem, em quantidades inferiores em um dado campo.
Conclui-se assim que é possível afirmar que o capital simbólico, enquanto elemento de prestígio pode ser convertido em dado momento em capital cultural ou econômico, na medida em que os acessos a estas outras modalidades de capital são facultadas pelo efeito de valorização exercido pelo indivíduo detentor deste capital.


Jade Andrade - Jornalismo 2013.1

Sistema Cíclico de Comunicação de Massa





Todos os dias somos atingidos por muita “comunicação”, seja nas redes sociais, outdoors nas ruas, na TV. A mídia determina costumes, e isso é o que é conhecido como Sistema Cíclico de Comunicação de Massa. A mídia tem os seus objetivos, produz conteúdos específicos para um público ou para a grande massa. O ciclo determina o seguinte caminho: Meios de Comunicação > Produção de Mídia > Recepção > Resposta social. Depois de produzir esse material ela envia pelos canais de mídia todos esses produtos os quais são recepcionados por nós nos mais variados canais. Novelas, programas de TV, programas de rádio, revistas, jornais. O passo final é a resposta do público, como ele reage. A internet é o meio mais rápido, e também nos dá o poder de acessar no momento em que desejarmos. Já a TV tem um alcance maior, mas os horários são determinados. Isso não determina que a influência da TV seja menor do que o da internet. As durações de resposta são as mais variadas, umas duram mais outras menos, pois no dia-a-dia os produtos são substituído. Quem nunca falou uma gíria usada por um personagem de novela? É difícil encontrar quem não. Mas como foi dito, isso vai passando pois outros materiais são lançados no nosso dia-a-dia.
Existem também algo no ciclo chamado NICHO. São conteúdos feitos para públicos específicos, e que se veiculados para grande pode perder a relevância. O canal mais aliado a esse grupo é a internet, já que ela nos dá o poder de liberdade de conteúdo e acesso.

Postado por: Luiz Carneiro (RVTI - 2013.1)

Identidade cultural







A estabilidade do mundo social começou a ser contestada com o surgimento de modernas identidades, fragmentando antigos conceitos. Denominado como "crise de identidade".
Stuart Hall, um teórico cultural, nascido na Jamaica, que reside no Reino Unido, nascido em 1932, contribuiu para os estudos da cultura e dos meios de comunicação. Ele diferenciou o sujeito em três princípios distinto: Sujeito Iluminista, Sujeito Sociológico e Sujeito Pós-Moderno. O sujeito iluminista baseava-se  na ideia de ser humano totalmente centrado, unificado, munido das capacidades da razão e individualista. O sujeito sociológico vivia a procura de uma causa, menor alcance a informações, com profunda ligação com a sociedade e mais conscientizado. Já o sujeito pós-moderno, no caso nós, são indivíduos fluídos, dinâmicos e livres. Sem muitas ideologias, apesar de ter cargas de informações contínuas e frequentes, não possuí identidade fixa, muda de opinião rapidamente. É um ser globalizado. O sujeito já é avaliado historicamente, não mais biologicamente, tendo assim identidades diferentes em momentos da história destintos. 






Aulas dos dias 12/04/2013 e 15/04/2013 Por Isadora Maria Barros (Jornalismo 2013.1)

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Teoria Crítica e Cultura de Massa

O início deu-se na Escola de Frankfurt, no ano de 1924. Estudiosos de filosofia e de ciências sociais baseados no pensamento marxista, criaram a Teoria Crítica da Sociedade. Corrente esta que difundiu expressões como "indústria cultural" e "cultura de massa". Max Horkheimer e Theodor Adorno, principais integrantes, formaram o conceito de Indústria Cultural. Que baseia a produção da cultura como mercadoria, assim esses produtos eram produzidos com o intuito de barrar a atividade mental do público

Padronizar é revogar personalidade, individualidade, é exigir que todos sigam padrões. Assim o entendimento que a mídia se direcionou foi de uma indústria que forja e manipula. Os meios de comunicação de massa se tornaram instrumentos de controle do pensamento dos demais telespectadores e ouvintes.

A cultura de massa foi estimulada pela mercadoria cultural. Surgindo a produção em série, cravado no âmbito da Revolução Industrial. A produção em série fez com que várias obras de arte, fotografias, músicas, entre outros perdessem sua originalidade. Logo após surge o conceito de "fim da música". Visando somente os lucros, manipula-se e anestia-se massas. 





Aula do dia 08/03/2013 Por Isadora Maria Barros (Jornalismo 2013.1) 

quinta-feira, 4 de abril de 2013

O quarto poder


O filme mostra a historia de um repórter que está em um museu fazendo uma matéria e encontra a situação perfeita para um "furo" e, assim, conseguir subir na carreira, baseando-se na ideia de que: "uma imagem vale mais que mil palavras”. A obra mostra um rapaz (Sam) que foi demitido do museu e tenta pedir seu emprego de volta com uma espingarda, assim, intimidando a diretora do museu. Entretanto, por acidente, o vigia do museu é baleado e as crianças que visitavam o museu foram “usadas como reféns”.  No decorrer do filme mostra o sensacionalismo em cima disso, como as mídias posicionam-se em relação ao fato, mudando de versões várias vezes, como: “o desempregado marginalizado pelo sistema” a “psicopata”
O quarto poder mostra como a mídia tem a capacidade de manipular a opinião pública. No momento em que Max faz uma entrevista ao vivo com Sam e logo na cena seguinte tem um grupo de pessoas com camisas apoiando Sam, reflete o que diz a teoria hipodérmica. A obra também mostra algumas características do sensacionalismo. Há um caso muito parecido com o do filme aqui no Brasil: Eloá e Lindemberg, que foi o caso do ex-namorado que sequestrou Eloá e a melhor amiga. A repercussão do caso na imprensa foi impressionante, todos os canais passavam a cobertura do sequestro – que acabou em tragédia – e meses depois poucas pessoas lembravam do ocorrido.
O que toca muito no filme é ver o poder que a mídia tem para manipular a vida das pessoas a ponto de destruir uma família, de como a opinião do publico é volátil, da falta de ética de alguns profissionais de comunicação que se preocupam mais com o ibope do que com a credibilidade da noticia.


Por: Sylvia Moraes

Teorias empíricas de campo ou Teoria de Paul Lazarsfeld



Com o intuito de entender os efeitos do rádio na sociedade a origem da teoria foi dada pela busca da causa do consumo jovem, a pesquisa surgiu da indagação: a massa não reage da mesma forma á todas as mensagens.  A teoria faz referência sobre a não generalização do público e sua formação em grupos com características próprias. Dessa forma se opondo a Teoria Hipodérmica (que cultivava a ideia de que a publicidade atinge todos na sociedade de maneira uniforme). Nota-se tal distinção sobre as teorias, uma vez que Lasswell usava "manipulação" como palavra-chave e Lazarsfeld usava "influência". A teoria também compreende a "mediação social", ou seja, a presença de "líderes de opinião" (aqueles que têm uma influência na sociedade, que a massa confia ou que deseja ter o estilo de vida semelhante). Essa presença de líderes de opinião causa o efeito "two-step flow of comunication", que mostra a comunicação sendo realizada em dois níveis: primeiro atinge-se o líder de opinião, para posteriormente, este influenciar a massa. Por isso "Efeitos Limitados", a limitação da mídia em atingir a sociedade de maneira uniforme, tendo que atingir um líder de opinião de cada contexto social.  

MEIOS DE COMUNICAÇÃO EM MASSA 
 LÍDERES DE OPINIÃO 
PÚBLICO

Um bom exemplo para a teoria são as propagandas, que na maioria das vezes usam famosos que estão "em alta", para divulgar seus produtos. O jogador Neymar por exemplo, ultimamente têm realizado vários destes trabalhos. Lazarsfeld acredita que as pessoas pertencentes a um mesmo contexto pensam  de maneira similar sobre vários assuntos. Dessa forma, pessoas mais engajadas num determinado tema exercem mais influência nas demais. O sociólogo estabeleceu três efeitos que as mensagens da mídia podem causar na sociedade. São elas o reforço, a conversão e a ativação. A ativação consiste na transformação de tendências em opiniões efetivas, o reforço preserva opiniões já fixadas e a conversão é o poder de mudar opiniões.

Aula do dia 25/02/2013 Por Jade Andrade (Jornalismo 2013.1)

Sociedade de Massa e Manipulação

Por Luiz Carneiro

       Os meios de comunicação de massa podem ser usados para passar informações úteis, como para alienar, determinar um modo de pensar, de ver as coisas. E foi isso que foi discutido na aula de Teoria da Comunicação com o professor Bruno Nogueira. A sociedade de massa é indefesa, frágil e passiva. Uma mensagem passada por uma mídia de massa é aceita facilmente, principalmente quando o comunicador tem uma grande credibilidade. Mas até os os veículos de comunicação sofrem uma manipulação, por exemplo, dos anunciantes. Eles ficam restritos de notícias por conta dos negócios fechados com anunciantes, sejam empresas ou governos.
      Também existe manipulação entre as empresas de comunicação, que muitas vezes estão ligadas diretamente ou não, a grandes empresários de um outro setor. Em alguns casos, existem até acordo comercial ou de imagem entre as empresas de comunicação. Mas uma das mais existentes manipulações são do governo, sejam eles federal, estaduais ou municipais para com os grupos de mídia.
    Um caso bastante conhecido foi na campanha de uma eleição presidencial, a TV Globo anunciou em seu jornal de mais credibilidade, o Jornal Nacional, que o candidato José Serra teria sido agredido fisicamente por militantes petistas. Só que apenas foi jogado uma bolinha de papel na cabeça do presidenciável tucano. Foi armado um circo em cima do fato e anunciado. Segue a reportagem exibida na TV Globo e uma reportagem do SBT analisando o caso. Tirem suas próprias conclusões.










Teoria do Agendamento (agenda-setting)



A Teoria do Agendamento ou Agenda-setting, é uma teoria formulada por Maxwell McCombs e Donald Shaw na década de 1970. De acordo com este pensamento, a mídia determina a pauta (agenda) para a opinião pública ao destacar determinados temas e ofuscar ou ignorar outros tantos. Ao estudarem a forma como os veiculos de comunicação cobriam campanhas políticas e eleitorais, Shaw e McCombs constataram que o principal efeito da imprensa é pautar os assuntos da esfera pública, dizendo às pessoas não "como pensar", mas "em que pensar". Geralmente se refere ao agendamento como uma função da mídia e não como teoria (McCombs & Shaw, 1972). Acredita-se que o agendamento ocorra porque a imprensa deve ser seletiva ao noticiar os fatos.Profissionais de noticia atuam como gatekeepers (porteiros) da informação, deixando passar algumas e barrando outras, na medida em que escolhem o que noticiar e o que ignorar. O que o público sabe e com o que se importa em dado momento é, em grande parte, um produto do gatekeeping midiático.

A função de agendamento é um processo de três níveis:


Agenda Midiática - questões discutidas na mídia.

Agenda Pública ou da Sociedade Civil - questões discutidas e pessoalmente relevantes para o público.

Agenda de Políticas Públicas - questões que gestores públicos consideram importantes.



A midia é agendada , passa por filtros através da assessoria. Por ser um poder forte a mdia é aliciada, e sofre pressão do governo e das empresas privadas. A teoria do agendamento defende a ideia de que os consumidores de notícias tendem a considerar mais importantes os assuntos veiculados na imprensa, sugerindo que os meios de comunicação agendam nossas conversas. Ou seja, a mídia nos diz sobre o que falar e pauta nossos relacionamentos.
A hipótese do agenda setting não defende que a imprensa pretende persuadir. A influência da mídia nas conversas dos cidadãos advém da dinâmica organizacional das empresas de comunicação, com sua cultura própria e critérios de noticiabilidade. Nas palavras de Shaw, citado por Wolf, "as pessoas têm tendência para incluir ou excluir de seus próprios conhecimentos aquilo que os mass media incluem ou excluem do seu próprio conteúdo". É disso que se trata o agendamento.


Na maioria dos casos, estudos baseados nessa teoria referêm-se a confluência entre a agenda midiática e agenda pública. Entretanto, seus objetivos não são verificar mudanças de voto ou de atitude, mas sim a influência da mídia na opinião dos cidadãos sobre que assuntos devem ser prioritariamente abordados pelos políticos. No Rio de Janeiro, por exemplo, o assunto violência tem espaço diário nos jornais. Adivinhem que tema os políticos mais falam? Concluindo, a teoria do agendamento nos diz, que as notícias pautam nosso dia a dia, nossas conversas e isso acontece com o poder da mídia de selecionar o mais importante e nos fazer enchegar que aquilo é sim o mais importante. As vezes o poder convencimento da mídia parece manipulação, mas não é, a mídia simplesmente expõe as notícias que julgam importante e o público, tradicionalmente, acredita sem duvidar e repassa aquele assunto para frente, sem questionar.


Por Juliete Milena